Ermida da Memória – Capela de Nossa Senhora da Nazaré
Junto ao miradouro do suberco, no local onde, segundo a lenda, Nossa Senhora da Nazaré salvou a vida a D. Fuas Roupinho em 1182, ergue-se a pequena Ermida, mandada construir em acção de graças pelo nobre cavaleiro.
De arquitectura singela, era inicialmente aberta em quatro arcos que foram fechados no séc. XIV.
Encimando a porta de entrada, um painel de azulejos com o escudo Português. Por cima deste, ao nível do telhado coberto de azulejos do tipo padrão polícromos do Séc.XVII, um baixo relevo em pedra calcária, representando um momento de adoração: Nossa Senhora da Nazaré ao centro; do lado esquerdo D. Fuas Roupinho o miraculado; do lado direito, Frei Romano e D. Rodrigo, os dois amigos que trouxeram a Sagrada imagem de Nossa Senhora da Nazaré até ao Sítio.
Na parede voltada a sul, um pequeno painel de azulejos representando o milagre, local onde outrora existira uma janela.
No interior, uma pequena escada dá acesso a uma lapa onde primitivamente estava a Imagem da Virgem. No tecto em abóbada, merece especial destaque o painel figurativo representando o milagre.
Todo o interior é revestido a azulejos do início do séc. XVIII (1709), obra do Mestre António Oliveira Bernardes. A cúpula do tecto e paredes são revestidas com azulejos padrão enquadrando painéis com representações emblemáticas Marianas.
Destaca-se aquele que é considerado um dos maiores símbolos Marianos, a ave Fénix, ao centro do tecto.
À entrada, de ambos os lados, Lápides em mármore contam a lenda do milagre, segundo a versão do cronista Cisterciense Frei Bernardo de Brito, sendo a do lado esquerdo uma tradução do texto em Latim, da que está à direita.
NOTA: Importa referir que o baixo relevo que descrevemos, se trata de uma cópia do original, que se encontra no Museu de Arte Sacra do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré.
informações:
O horário da Capela da Memória, é o mesmo do Santuário, sendo o fecho desta, antecipado ao do Santuário 30 minutos.